Carta Missionária - Ceará

MAIS UM NOVO ANO!...

Iniciamos mais um Novo Ano e crescem as nossas esperanças! Mas, antes de mais nada, é o momento de esquecermos “das coisas que para trás ficam, e avançando para as que estão diante” de nós – parafraseando o apóstolo Paulo (Filipenses 3.13).
É hora de pensarmos em que tipo de Deus temos crido, qual a Sua dimensão em nossas vidas, pois esta análise fará com que cada um de nós possamos enfrentar mais um ano com seus altos e baixos, como todos os seus acidentes ‘geográficos’, pois nós somos filhos de um Deus Todo-Poderoso, daquele de quem é a prata e o ouro e, como Seus filhos, devemos avançar confiando no Senhor El-Shadday, pois “para Deus nada é impossível” ( Lucas 1.37), e tenhamos confiança que “as coisas que são impossíveis aos homens são possíveis a Deus” ( Lucas 18.27).
Muitos de nós adentraremos o Novo Ano como Abraão ao sair de Ur dos caldeus “sem saber para aonde ia” ( Hebreus 11.8). Mas Abraão conhecia Aquele para quem o futuro é tão claro como o Sol ao meio dia! Eis a diferença! Louvado seja Deus! Será que nós conhecemos o Senhor Deus assim como Abraão O conhecia? Abraão tinha algo melhor que um mapa ou bússola. Ele possuía um Guia cuja sabedoria não falha, cujo poder não é igualado e cujo amor nunca esgota! Isto é que é Deus
Ninguém poderá, realmente, enfrentar com tranquilidade as dificuldades da vida que se nos apresentam diante de nós, dia após dia, se não tivermos uma fé inabalável num Deus Todo-Poderoso, sempre presente, constantemente pertinho de nós e que sempre para a fim de ouvir o nosso clamor, embora a multidão queira nos atrapalhar e impedir a ação do Senhor na nossa vida! (Marcos 10.49; Lucas 18.40).
É impossível a nossa vida não mudar, com a passagem de Jesus, pois Ele sempre ouve o nosso clamor! E nosso clamor deve ser tão insuportável aos ouvidos da multidão que nos cerca, a ponto de fazer Jesus parar para nos tender, seja em quaisquer circunstâncias forem! O que nos falta é a perseverança do nosso clamor! Até mesmo pessoas da nossa mesma grei, da mesma Fé e Ordem, queiram atrapalhar a nossa caminhada, através das críticas, das acepções que fazem de nós, mas eu quero lhes dizer: Jesus está passando! A multidão O comprime, mas clame, porque Ele sempre nos ouve e nos manda chamar! “Que querer que eu te faça?” Então diga para Ele, conte as suas dores, os seus projetos, as suas ansiedades, os seus sofrimentos, a cerca da sua solidão, da sua cegueira espiritual! “Mestre, que eu torne a ver”. Ô que maravilha! Jesus quer saber se você tem objetividade diante das suas adversidades.
Eu era um cego!... Incrédulo ao extremo. Intragável. Arrogante. Prepotente. Com cara de poucos amigos. Mas um dia, o Senhor Deus permitiu que eu ficasse doente. E eu tinha medo de morrer e ir para o inferno! E tive que me submeter, às pressas, a uma cirurgia de alto risco. Creio, piamente, na vontade permissiva de Deus! E ali, fragilizado, temendo a morte, o Senhor Deus ‘preparou uma surpresa para mim’, sem eu perceber! Ele sempre nos surpreende!... Gosto das surpresas do meu Senhor!...
Paulo diz que “Deus escolheu as cousas loucas do mundo para envergonhar os sábios e escolheu as coisas fracas do mundo, e as desprezadas, e aquelas que não são, para reduzir a nada as que são; a fim de que ninguém se vanglorie na presença de Deus” (I Coríntios 1.27-29). Eram 3h da tarde, horário de visita, quando uma mulher, de 70 anos de idade, maltrapilha, pobre de-maré, descabelada, completamente analfabeta, mas com um grande sorriso em seus lábios, adentra o apartamento onde me encontrava, acamado, ligado a uma parafernália de aparelhos, inerte e, numa atitude fora do comum, aquela senhora me abraça, me beija, e me chama de “meu filho, que prazer enorme eu está aqui”, e me pergunta se eu era padre, e eu lhe confirmei que sim, fiquei espantado e perguntando a mim mesmo – quem será esta mulher, deve estar com arteriosclerose, só pode! - e ela sem pestanejar me diz que Jesus me ama e que Ele tem algo maravilhoso para me oferecer! Loucura dizer isso para um padre!... “Mas a loucura de Deus é mais sábia do que os homens; e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens” (I Coríntios 1. 25).
Hoje, já passados 19 anos, e posso parafrasear, humildemente, como o grande apóstolo Paulo: “Sou grato para com aquele que me fortaleceu, Cristo Jesus, nosso Senhor, que me considerou fiel, designando-me para o ministério, a mim, que, noutro tempo, era blasfemo, e perseguidor, e insolente. Mas, obtive misericórdia, pois o fiz na ignorância, na incredulidade” (I Timóteo 1.12-13).
O ano que se findou, teve altos e baixos, repito. Mas eu quero dizer a todos os que me leem, a amigos de perto e a amigos de longe, que as apreensões que nós estamos vivendo hoje, agora, à semelhança de algumas pessoas que vivem sem fé e sem segurança, é que ainda não experimentaram vivenciar um Deus suficientemente grande, para que sejamos mais que vencedores em suas necessidades, carências e dificuldades. O meu Deus é um Deus grande, e se prepare para você viver e experimentar coisas grandes que estão por vir, as quais acontecerão na sua vida no decorrer deste ano novo!!!!
Muitos de nós temos em nossa mente raquítica a imagem de Deus como a de um juiz ou de um policial celeste, distante, apático, distraído, sempre lá em cima. A maioria das pessoas acreditam em Deus, mas é como um patrão ausente, desinteressado, distante, e essa distância que acreditamos existir, em nossa cegueira espiritual, nos faz com que pensemos erroneamente que Deus pouco ou quase nada nos conhece, que não tem conhecimento de nossas agruras e problemas, que não se importa conosco, com nossas lutas, e muitas das vezes, diante deste quadro nosso, de profundo desânimo espiritual, fazemos dEle pouco caso, e não depositamos nossa confiança em um Deus Todo-Poderoso, que está sempre conosco e nos esquecemos que Ele é “o Senhor, nosso Deus, para nos ajudar e para guerrear nossas guerras” ( II Crônicas 32.8). Para muitos, Deus tem sido um conjunto desse condicionamento e não um Deus cheio de amor, de bondade e de misericórdia! Ah, Senhor, como somos tão esquisitos!...
Poucos sentem-se coerentemente bem acerca de si mesmos. Vezes há que temos passado por épocas de inseguranças e de dúvidas, épocas em que temos falta de autoestima. A ansiedade é conhecida de todos nós. Já tivemos períodos de desânimo, de desapontamentos e sentimentos de depressão. Já tivemos lembranças tristes que assombram nossas noites insones e temos tido sonhos não realizados que nos magoam...
Quem ainda não sentiu a solidão que pouco tem que ver com a ausência de pessoas ao nosso redor? Precisamos de amor, pregamos o amor de nossos púlpitos, mas não sabemos vivenciar o amor, e persistimos em fazer coisas não amáveis a outrem, aos “doméstico da fé”, àqueles que pertencem a nossa mesma Fé e Ordem, e o Senhor Jesus, que nos orientou para que amássemos uns aos outros, “assim como eu vos amei” (João 13.34) e por nossa livre recreação, retiramos por contra própria o acento agudo diferencial do verbo amar, verbo regular mas conjugado de forma tão irregular por muitos de nós e do pedestal da nossa arrogância e incredulidade, gritamos em alto e bom som que “amassemos uns aos outros”... Quantos de nós somos injustiçados, defenestrados, excluídos, mas não devemos ficar preocupados com aquilo que o homem pensa a nosso respeito, mas devemos estar interessados com aquilo que o Senhor nosso Deus pensa de cada um de nós! Isto sim, é o mais importante! Ele nos ama da forma como somos, imperfeitos, mas amados! Ô louvado seja o Nome do Senhor!
Quem sabe, meu amado, você foi discriminado, preterido, quem sabe, isso lhe aconteceu recentemente, porque você, corajosamente, reconstruiu a sua vida, o seu casamento, mas levante a sua cabeça e ouça: Jesus te ama! E o amor de Deus foi tão grande para conosco – para comigo e você - que Ele não teve outro plano, senão dar o Seu único Filho para morrer em nosso lugar! Por amor Ele nos substituiu naquela Cruz, a qual era nossa! Glorifique ao Nome do Senhor Deus por isso, meu Amado! Glorifique! Nunca se esqueça disso: Somos amados pelo Senhor!
Ouvimos as notícias na televisão ou lemos nos jornais diários e nas revistas semanais, cada uma mais estapafúrdia que a outra, e nos decepcionamos com os políticos nos quais confiamos e demos o nosso voto, assim como ficamos chocados com os religiosos de péssimos comportamento moral, e assim ficamos decepcionados, chocados e ruborizados de vergonha, mas isso nos acontece, porque não temos a mesma sensibilidade de percepção do Senhor Jesus que “a todos conhecia” e “bem sabia o que havia no homem” (João 2.24-25). E nos decepcionamos assim, desta forma, porque pouco ou quase nada temos lido e meditado na Bíblia, a Palavra de Deus, a qual nos adverte, em várias passagens, que estamos adentrando o final dos últimos dias!
Passamos por tudo isso porque aceitamos ou convivemos, por nossa livre recreação, com um ‘deus’ que fabricamos em nossas mentes, um ‘deus’ insignificante que criamos, um ‘deus’ que não nos fala, e temos preferido muito mais ouvirmos a ‘voz do homem’ que a voz do Senhor, a voz do Deus Todo-Poderoso, inserida em Sua inerrante Palavra – a Bíblia Sagrada.
O que nós precisamos, é de um Deus Todo-Poderoso, do Deus das Sagradas Escrituras, do Deus de Abraão, do Deus de Isaque, do Deus de Jacó, e sabermos depositar confiança em um Deus “em quem não há mudança nem sombra de variação” ( Tiago 1.17).
Mas pouco adianta saber que o Senhor é um Deus Todo-Poderoso, enquanto não O conhecermos pessoalmente! Através dos anos da história, o povo hebreu conheceu Yahweh e, contudo, não confiou nEle nem O amou de todo o coração! Ainda lutaram com o fracasso, com o temor e a frustração. É por isso que o Deus Todo-Poderoso teve de entrar na História e habitar entre nós: Jesus Cristo, o Emanuel, o Deus conosco! ( Mateus 1.23). Por isso Ele disse: “Antes que Abraão existisse, EU SOU” (João 8.58).
Jesus Cristo não é outro senão o próprio Yahweh, o Verbo que “estava com Deus”, “e o Verbo era Deus” (João 1.1), a expressão eterna e definitiva de Deus. Ele, como a expressão máximo do amor de Deus para conosco, vem a você e a mim, nos substitui na Cruz, por amor, a fim de nos resgatar dos nossos pecados.
É deste Deus que precisamos, o qual “nos tirou do poder das trevas, e nos transportou para o reino do Filho do seu amor” (Colossenses 1.13). Precisamos deste Jesus Cristo, que “é o mesmo, ontem, e hoje, e eternamente” (Hebreus 13.8), o mesmo que disse: “Eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância” ( João 10.10).
O Ano Novo de 2012 e Jesus está passando!... Olhe Ele passando!... Ouça o “tropel da multidão”. 2012 surgirá lhe trazendo chance de novas esperanças. Não deixe que as pessoas ao seu redor, impeçam que você se aproxime de Jesus. Preste atenção, Ele PAROU, após ouvir o seu clamor!!! E Ele te chama. Tome uma atitude. Levanta-se, jogue fora as suas incertezas, as suas decepções, ELE TE CHAMA!
Agora é a sua vez de abrir passagem pelo meio da multidão que não lhe deu valor e que não queria que você clamasse e nem se aproximasse de Jesus. Ele está lhe esperando! E Ele hoje te pergunta: “Que queres que eu te faça”. Vamos lá, qual é verdadeiramente a sua necessidade? Diga pra Ele. Abra a sua boca. Não perca esta chance! Ele vai mudar a história da sua vida! ACREDITE NISSO! Diga... Agora é a sua oportunidade de ver o Senhor Jesus realizar coisas grandes e espantosas na sua vida! E depois do milagre que você tanto esperou, acontecer, siga-O pela estrada afora, para que a multidão, que antes lhe atrapalhava, vendo a interferência do Senhor Jesus na sua vida, dê “louvores a Deus”.
Permitam-me: aproveito a oportunidade, para agradecr, do mais profundo do nosso coração, a todas as Igrejas locais e aos irmãos e as irmãs, muitos anônimos, espalhados por este imenso Brasil, que foram em 2011, nossos fiéis mantenedores, que nos apoiaram no nosso levantamento de sustento por promessa de fé, que confiaram em nós, mesmo sabedores da nossa visível insignificância, que estenderam as suas mãos em nosso favor, quando tanto precisamos, nos ajudaram e nos apoiaram com as suas indispensáveis ofertas de amor e de sacrifícios, àqueles irmãos e irmãs tão amados, muitos nem os conhecemos de perto, que nos ajudaram em nosso plano de saúde e que nos ajudaram em nosso INSS, enfim, a todos que nos ajudaram na construção do nosso humilde templo, que oraram em nosso favor, que tem intercedido pela enfermidade de minha esposa Ítala (câncer), a todos, que com certeza, continuarão nos apoiando neste Novo Ano, o nosso muito, mas MUITO OBRIGADO POR TUDO!
Somente o Senhor Deus há de recompensar a todos com as mais copiosas bênçãos celestiais!
Feliz e Próspero Ano Novo!
Abracemo-nos, pois o Ano de 2012! Recebamo-lo, cheio de esperanças!


Pr. José BARBOSA de Sena NETO